Estava eu, pensando e contando moedas para comprar meu Android, quando finalmente a Vivo lança o Samsung Galaxy. Viva! Um Android que posso comprar!
Tentei achar o dito aparelho nas lojas a Vivo, sem sucesso. E tive de ser atendido pelos despreparados vendedores da Vivo, que sequer sabiam me informar o preço do aparelho para o meu plano.
Minha sorte mudou quando vi a notícia no Gizmodo de que a Vivo havia lançado, em primeira mão, o Motorola Milestone no Brasil. E por um preço surpreendente! Eu achava que o Milestone chegaria ao Brasil com um valor semelhante ao N97 (um olho e um braço), quando na verdade ele chegou com um preço igual ao Samsung Galaxy.
Fui à loja conceito da Vivo no Shopping Morumbi, a primeira loja oficial da Vivo em que fui bem atendido, com um vendedor que sabia responder minhas perguntas – mas atenção, ser bem atendido é diferente de ser rapidamente **atendido. Minha espera foi de cerca de 40 minutos. Por outro lado, sempre fui bem atendido por vendedores de **lojas autorizadas, mas enfim.
Após a compra me ofereceram um suporte pós-compra, para aprender a destrinchar as funções do dito cujo, que prontamente recusei, pois não via a hora de eu mesmo fuçar o cacareco. Mesmo assim fiquei surpreso por existir e oferecerem este serviço. Fiquei depois curioso para conhecer sua qualidade. Fica para outra vez.
Vamos ver agora o que o Milestone tem a oferecer para um ex-dono de um N95.
O Milestone é multitarefa, mas não tem a função de fechar aplicativos. Isto é novidade, para quem vem do mundo Symbian – S60. Neste quesito ele é semelhante ao iPhone. A grande diferença para com o telefone da Apple é poder ouvir minhas músicas e também navegar pelo Google Maps, coisa que sempre fiz no N95.
Então basta pendurar o aparelho no pára-brisa, ligá-lo ao rádio do carro (uso um cabo P2 comum), dar o play na coleção de 8GB de mp3 e botar no Google Maps. E receber uma ligação bem na hora em que você está em dúvida sobre o caminho…
Falando em MP3, o player do Android é muito bom. Não tem cover flow, mas achei a interface simples, eficiente e rápida. É o que me basta. Não notei muita diferença na qualidade da reprodução, mas não sou nenhum audiófilo.
O que notei foi que o alto-falante estéro do N95 dá um banho no alto-falante mono do Milestone. Mas como sempre uso fones de ouvido ou o rádio do carro, sem problemas.
A câmera é outro departamento em que o N95 é superior. Já faz muito tempo que não carrego uma câmera digital por conta da qualidade da câmera do N95. Mas, embora a câmera do Milestone não esteja no mesmo nível, ele cumpre sua função. Mas agora terei de carregar uma câmera dedicada, se quiser registrar festas e encontros com amigos com mais qualidade.
A bateria não dura o que eu esperava. Ao menos agora, enquanto o aparelho é novidade, não está otimizado, fico navegando na internet, jogando, testando, instalando, desinstalando. Tenho de recarregar DUAS vezes no dia. Ou mantê-lo no cabo, ligado ao computador. Ao menos o cabo é padrão, o micro-USB. Tenha ao menos dois, um em casa e outro no trabalho. E outro no carro se puder. Ainda não os tenho. Faz falta. Mas um recurso bacana é ao menos saber quem é o responsável por drenar a energia.
Update: depois de instalar o APNdroid, que liga/desliga a rede de dados EDGE/3G, consigo ficar longe da tomada tanto quanto eu conseguia com o N95: um dia inteiro (à vezes até mais). Não é muito, mas é melhor que ter de recarregar no meio da tarde.
O bacana é que o Multimedia Station, um berço para deixar na mesa, veio na caixa. Ao deitá-lo no berço, o Milestone se torna praticamente um relógio-despertador de mesa. O ruim é que não vem na caixa o suporte para pára-brisa.
Mesmo no N95 eu já centralizava meus contatos no Google Contacts do Google Apps, por meio do ótimo GooSync. E a atualização era automatizada pelo Swim, onde eu havia agendado a sincronização diária. Já no Milestone foi questão de inserir nome, domínio e senha para trazer minha lista de telefones e emails, automaticamente.
O interessante é as fotos de seus contatos são atualizados com os servidores do Google também.
Ainda não instalei um Fringe, Nimbuz ou equivalente, mas o Android vem com o Google Talk incorporado.
Ver o Google Maps em um tela de quase 4 polegadas, quanta diferença. Mais espaço, mais nitidez. Infelizmente o modo navegador ficou restrito ao Droid americano, mesmo assim o Google Maps é um daqueles aplicativos que se tornam indispensáveis depois que você se acostuma a ele.
Infelizmente uma função que eu usava bastante no N95, o de marcar favoritos, não existe no Milestone. Mas já deve estar programado, pois neste mês, dezembro de 2009, o Google Maps do S60 foi atualizado e pude subir todos meus favoritos, gravando-os em minha conta. Antes eles ficavam na memória do celular. Agora eles estão só a espera desta atualização para voltarem aos meus mapas, agora no Milestone.
Uma coisa que me agradou muito foi a velocidade. A transição entre os aplicativos, a carga de imagens da galeria, a listagem de músicas, cantores e álbuns. Tudo MUITO rápido, principalmente para quem estava acostumado com o N95.
No próximo post comento sobre o Android Market e seus aplicativos. Ah! E todas as fotos foram tiradas com meu N95, que sem chip de operadora se tranformou em uma camera com wi-fi e GPS. É só tirar a foto e enviar por email via rede. Logo mais coloco este valente telefone no Mercado Livre!